segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O Balançar das Folhas

O balançar das folhas das árvores ao vento. Isso foi a maior agitação do meu dia. Não tenho nada para fazer. Nada de interessante para fazer. Eu não sou interessante e não faço nada.
Peguei um caderno velho, com algumas folhas ainda em branco, um caneta e comecei a escrever essa crônica -se é que isso pode ser chamado de crônica-, mas escrever é uma coisa que gosto.
Já disse, não tenho nada de interessante para escrever, falar-te-ei, então, sobre a coisa mais interessante que fiz neste dia: observar o balançar das folhas das árvores ao vento.
Sentado no sofá, olhando pela janela, vejo diversas árvores, uma mangueira, um abacateiro, um limoeiro, um mamoeiro, um pé de cajá e uma de não sei o quê.
De um lado para o outro. Do outro para um. Como se fossem as ondas do mar com seu ir e vir. Como a vida, uma folha cai da mangueira e vai sem rumo encontrar o chão, o seu fim. Como a gente, que não balança com o vento e nem cai, mas que também encontramos dificuldades pelo caminho e, vamos onde o vento nos leva.
Paro e volto para o nada, e fico a olhar o balançar das folhas das árvores ao vento.

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